sábado, 19 de julho de 2014

RJ: governador oficializa pedido de permanência das tropas até dezembro na Maré

Tropas federais poderão ficar mais tempo no Rio

Governador pediu prorrogação do período de permanência da Força Nacional de Segurança para a Baixada Fluminense e do Exército e Marinha na Maré
Miltares que ocupam as comunidades da Maré desde abril, devem ficar na região até depois das eleições
Foto:  Severino Silva / Agência O Dia
VANIA CUNHA
Rio - Parte do contingente da Força Nacional de Segurança (FNS) que atuou na cidade durante a Copa do Mundo poderá permanecer no Rio. O governador Luiz Fernando Pezão encaminhou terça-feira ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, um pedido de prorrogação da estadia das tropas até 31 de dezembro. Em outro ofício, para a presidenta Dilma Rousseff, ele também protocolou mais uma demanda para a proteção da cidade: o aumento do prazo das Forças Armadas no Complexo da Maré.
Aproximadamente 680 agentes da FNS vieram para o Rio durante o Mundial. Eles atuaram em manifestações, no patrulhamento do Maracanã e de locais de circulação de delegações estrangeiras. A maior parte desse efetivo começou a ser desmobilizada segunda-feira, retornando à capital federal. A ideia do estado é que, ao menos, de 400 a 500 militares continuem em solo carioca.
Caso se confirme a permanência, a tropa já tem destino certo: a Baixada Fluminense. O governo do estado pretende utilizar este recurso para reforçar o policiamento em Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti e Belford Roxo, onde os índices de violência aumentaram. A missão dos agentes será combater os roubos e diminuir as estatísticas desse crime na região.
O Ministério da Justiça informou ontem que o pedido para a prorrogação do contingente que atuou na Copa ainda não havia sido feito pelo estado. O prazo inicial termina amanhã. Já as equipes da FNS que atuam no Morro Santo Amaro, no Catete, vão continuar na comunidade por mais 90 dias.
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Proximidade das eleições é uma das justificativas do pedido
O pedido de prorrogação da Força de Pacificação do Exército e da Marinha que atuam na Maré, já estava sendo ventilado nos bastidores do estado desde maio, conforme O DIA anunciou. O prazo inicial vai até o dia 31, mas o o governador Luiz Fernando Pezão quer o apoio das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no conjunto de favelas pelo menos até o fim do ano.
No pedido, encaminhado terça-feira à presidenta Dilma, Pezão alega que o emprego total das tropas da Polícia Militar na Copa, obrigou o cancelamento de folgas e férias destes militares, que serão repostas nos próximos meses. E, em seguida, com o contingente voltado para a segurança das eleições, ficaria difícil para a Segurança Pública ter efetivo para ocupar as 15 comunidades da Maré.
Fonte > O DIA/montedo.com

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